SELMA: UMA LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS

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     O filme Selma conta a história de Martin Luther King em busca de um direito básico para todos, o voto. Inicialmente já haviam leis possibilitando esse direito a todos os cidadões estadunidenses, mas como era visto naquela época, o preconceito era tão grande que os atendentes não deixavam os negros fazerem seus títulos eleitorais, simplesmente por acharem que a cor da pele influenciava em alguma coisa.
     Martin busca apoio governamental em sua causa, quer que os direitos civis e políticos possam ser exercidos pelos negros, sem que alguém os julgue, querem poder entrar em algum estabelecimento sem ser julgado ou discriminado, querem poder ter uma vida normal. O governo via Martin como uma máquina para controlar massas, uma pessoa que se tivessem do lado, atrairia multidões e disseram não achar importante aquilo naquele momento e sim o combate à pobreza, Martin explica que com pequenas ações que o governo tivesse, isso iria ajudar muito mais do que com o plano governamental proposto.


     Decidem ir então a Selma, uma cidade que possuía mais de 50% da população negra e somente 2% era apta a votar, além disso naquela cidade, o preconceito racial era impregnado dentro do governo, desde policiais e oficias abusando de seu poder, até delegados prendendo alguém e o condenado por ser negro. Que atitudes eram tomadas para defender essa população? Quem estava do lado deles? Quantas pessoas tiveram que morrer até que entendessem o quão primitivo e odioso é esse pensamento?
     Martin decide fazer caminhadas entre uma cidade e outra e simplesmente não consegue, negros não tinham o direito de sair e protestar, não tinham o direito de saber onde iriam ou de saber por que não iriam. Martin atraí milhares de pessoas que fazem novamente a caminhada, depois de ir a júri, conseguem atravessar as cidades e chegam até Washington onde deu seu famoso discurso “I Have a Dream”, onde no filme não foi utilizado o texto original pois, Os  direitos de utilização dos discursos, entre eles o famoso "Eu Tenho um Sonho", já haviam sido adquiridos em 2009 pelos estúdios DreamWorks e Warner para a produção de outro filme, uma cinebiografia produzida por Steven Spielberg, ainda sem previsão de lançamento.

     "Eu estou contente em unirme com vocês no dia que entrará para a história como a maior  demonstração pela liberdade na história de nossa nação.  Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou  a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça.  Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.  Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.  Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação  e as cadeias de discriminação.  Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição. “

     Discurso de Martin Luther King – “I HAVE A DREAM”


     Selma é um filme que mexe com as estruturas de qualquer um que tenha a sã consciência de que é tão constrangedor quanto ridículo o fato de tudo que ocorre nele (no caso, o filme) aconteceu apenas há 50 anos atrás. E o mais triste ainda é que o preconceito racial ainda existe e não só nos Estados Unidos mas também no Brasil que se diz, e APENAS se diz, um país "livre de preconceitos". Selma representa o agora, representa as lutas que ainda existem e vão existir ate desmascararmos aquilo que é óbvio. Que o filme possa servir para abrir a mente daqueles que são contra a tudo que venha a "beneficiar" os negros, como se fosse invalido mas, invalido é pensar assim.

     Podemos analisar o discurso de Martin como uma grande barreira, uma barreira de anos, uma barreira cheia de preconceitos que em cada palavra dita por Martin era quebrado uma a uma, naquele momento ele entrou para a história por contradizer o governo e correr atrás do que ele achava certo, do que ele tinha como ideias, do que pra ele e na cabeça dele era correto. Aquele homem foi responsável pela “quebra” desse grande preconceito que corre pelo mundo, o quanto eles sofreram? Quantas famílias foram escravizadas? Quantas pessoas foram mortas? Quão ignorantes podemos ser por ainda pensarmos que somos diferentes?




Escrito por João Pedro Santos e Laura Dluzniewski
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